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Uma Provocação para Repensar a Forma Como Construímos e Sonhamos

  • juliasangalo
  • 26 de jun.
  • 2 min de leitura

A mente racional se apega à estrutura, à ordem, à segurança do que é conhecido.


Ela questiona: "Como irei justificar isso?

E se me questionarem? E se eu falhar?"


Já a mente criativa se rebela.

Ela sussurra: "Você consegue imaginar?"


Ela convida ao risco, prospera na incerteza e rejeita a necessidade de certezas absolutas.


É nesse conflito entre razão e intuição que nasce a criação.

Autenticidade vem da ação, do momento em que ousamos dar um passo à frente, sem garantias, mas impulsionados pela necessidade de fazer acontecer.


A criatividade, no entanto, vive no vazio.


Ela exige que abandonemos o caminho conhecido e confiemos que algo significativo surgirá, mesmo quando a dúvida nos assombra a cada passo.

Na arquitetura, essa dicotomia se torna ainda mais evidente.


Buscamos projetar para a economia circular, construir espaços que respeitem e sustentem o meio ambiente. Mas as vezes a sociedade não compartilha desses ideais.

Eles querem conveniência, eficiência de custos, previsibilidade.


Buscamos projetar para a economia circular, construir espaços que respeitem e sustentem o meio ambiente.



Como podemos inspirar a sociedade a enxergar valor no cuidado com o ambiente?


Como podemos construir para lugares que, muitas vezes, não nos inspiram de volta?

A criatividade começa com a conexão.

Se não sentimos pertencimento a um lugar, como podemos projetar algo autêntico para ele?

Como podemos criar espaços que respiram, que ressoam, que importam?


O ato de criar nasce de ideias, daqueles insights súbitos que parecem surgir do nada.

O verdadeiro desafio, no entanto, está em transformar esses lampejos em algo real. Criar é um ato de fé, um salto para o desconhecido.


Às vezes, parece um sonho distante, um vislumbre de outros mundos não limitados pelos compromissos da realidade.


As crianças vivem nesse território da criatividade sem filtros.

Suas mentes ainda não foram moldadas pelas limitações que nós, adultos, impomos a nós mesmos.

Elas imaginam livremente, sem amarras, sem medo do erro.

Mas, conforme crescemos, deixamos que o trabalho, as rotinas e as responsabilidades estreitem nosso horizonte criativo.

Raramente falamos sobre as incertezas, as dificuldades e os desafios que acompanham o processo de criação.

Em vez disso, vestimos uma máscara de controle, fingindo que tudo está sob domínio.


E se parássemos de esconder essas dificuldades?

E se falássemos abertamente sobre o processo caótico, sobre os momentos de dúvida e sobre o desconforto da incerteza?


Expandiríamos os limites do que nossas profissões e nossas vidas

podem ser.

 
 
 

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